PEQUIM, 18 Jan. 07 (ACI) .- A Comissão de Planejamento Familiar e População do governo da China comunista anunciou esta semana que, como resultado da política natal de “um só filho”, para o ano 2020 haverá 30 milhões mais de homens que mulheres em idade de casar-se.
O desequilíbrio, que segundo o governo “pode provocar instabilidade social”, deve-se a que em 2005 nasceram na China ao redor de 118 meninos por cada 100 meninas.
O desbalanço é conseqüência da política de “um só filho” aplicada à força na China, com o apoio de organizações mundiais como o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e a International Planned Parenthood Federation (IPPF), que leva aos pais, especialmente no meio rural, a preferir ter filhos varões que ajudem nas tarefas domésticas; por isso abortam às mulheres por nascer.
O relatório do governo compara o cálculo atual de 118 meninos contra 100 meninas com a cifra do ano 2000: 110 meninos contra 100 meninas; o que implica uma tendência crescente.
Em algumas áreas do sul do país, como Guangdong e Hainan, esta diferença é ainda mais pronunciada: em 2005 nasceram 130 meninos por cada 100 meninas.
Isto significa que para o ano 2020 haverá 30 milhões mais de homens que mulheres, o qual fará mais difícil encontrar esposa, especialmente para os varões de baixos recursos e em zonas rurais.
O relatório do governo assinala a necessidade de “ajustar” a política de planejamento familiar; mas em vez de propor o fim da fatídica política de “um só filho”, aposta pela repressão de quem deseje abortar mulheres; uma política que já fracassou na Índia.
Fonte: MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/index.php?secao=imprensa&subsecao=mundo&artigo=20070118&lang=bra
Online, 12/05/2011 às 08:28h
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Jorge Lirio
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