sexta-feira, 27 de maio de 2011

Mulher X mercado de trabalho

 A EVOLUÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO
Elisiana Renata Probst
Instituto Catarinense de Pós-Graduação – ICPG
Gestão Estratégica de Recursos Humanos
Orientador: Ms. Paulo Ramos
Professor de Metodologia Científica e da Pesquisa
Instituto Catarinense de Pós-graduação – ICPG
Resumo
Tudo iniciou com as I e II Guerras Mundiais em que as mulheres tiveram que assumir a posição dos homens no mercado de trabalho.Com a consolidação do sistema capitalista no século XIX, algumas leis passaram a beneficiar as mulheres. Mesmo com estas conquistas algumas explorações continuaram a existir. Através da evolução dos tempos modernos as mulheres conquistaram seu espaço. As estatísticas apontam que há mais mulheres do que homens no Brasil. Mostram também que elas vêm conseguindo emprego com mais facilidades e que seus rendimentos crescem a um ritmo mais acelerado que os homens.Mesmo com todas estas evoluções da mulher no mercado de trabalho, ela ainda não está numa condição de vantagem em relação aos homens, pois continua existindo muito preconceito e discriminação, mas principalmente desigualdade salarial entre homens e mulheres.

Palavras chave: Mulher, mercado de trabalho, discriminação, desigualdade.

1. INTRODUÇÃO
Este artigo trata sobre a evolução da mulher no mercado de trabalho. As convenções do início do século, ditavam que o marido era o provedor do lar. A mulher não precisava e não deveria ganhar dinheiro. As que ficavam viúvas, ou eram de uma elite empobrecida, e precisavam se virar para se sustentar e aos filhos, faziam doces por encomendas, arranjo de flores, bordados e crivos, davam aulas de piano etc. Mas além de pouco valorizadas, essas atividades eram mal vistas pela sociedade. Mesmo assim algumas conseguiram transpor as barreiras do papel de ser apenas esposa, mãe e dona do lar, ficou, para atrás a partir da década de 70 quando as mulheres foram conquistando um espaço maior no mercado de trabalho.
O mundo anda apostando em valores femininos, como a capacidade de trabalho em equipe contra o antigo individualismo, a persuasão em oposição ao autoritarismo, a cooperação no lugar da competição.
As mulheres ocupam postos nos tribunais superiores, nos ministérios, no topo de grandes empresas, em organizações de pesquisa de tecnologia de ponta. Pilotam jatos, comandam tropas, perfuram poços de petróleo.
Não há um único gueto masculino que ainda não tenha sido invadido pelas mulheres. Não há dúvidas de que nos últimos anos a mulher está cada vez mais presente no mercado de trabalho. Este fenômeno mundial tem ocorrido tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento, e o Brasil não é exceção.
É importante, no entanto, ressaltarmos que a inserção da mulher no mundo do trabalho vem sendo acompanhada, ao longo desses anos, por elevado grau de discriminação, não só no que tange à qualidade das ocupações que têm sido criadas tanto no setor formal como no informal do mercado de trabalho, mas principalmente no que se refere à desigualdade salarial entre homens e mulheres.
O presente artigo está organizado da seguinte forma: um pouco da história, a participação da mulher no mercado de trabalho, a questão da instrução e a desigualdade em relação a rendimentos (salários), o trabalho da mulher no Brasil e vários dados estatísticos em relação a evolução da mulher no mercado de trabalho.
2. HISTÓRIA - MERCADO DE TRABALHO
De acordo com o Artigo 113, inciso 1 da Constituição Federal, “todos são iguais perante a lei”. Mas será que a realidade é essa mesma? Desde o século XVII, quando o movimento feminista começou a adquirir características de ação política, as mulheres vem tentando realmente colocar em prática essa lei.
Isso começou de fato com as I e II Guerras Mundiais (1914 – 1918 e 1939 – 1945, respectivamente), quando os homens iam para as frentes de batalha e as mulheres passavam a assumir os negócios da família e a posição dos homens no mercado de trabalho.
Mas a guerra acabou. E com ela a vida de muitos homens que lutaram pelo país. Alguns dos que sobreviveram ao conflito foram mutilados e impossibilitados de voltar ao trabalho. Foi nesse momento que as mulheres sentiram-se na obrigação de deixar a casa e os filhos para levar adiante os projetos e o trabalho que eram realizados pelos seus maridos.
No século XIX, com a consolidação do sistema capitalista inúmera mudanças ocorreram na produção e na organização do trabalho feminino. Com o desenvolvimento tecnológico e o intenso crescimento da maquinaria, boa parte da mão-de-obra feminina foi transferida para as fábricas.
Desde então, algumas leis passaram a beneficiar as mulheres. Ficou estabelecido na Constituição de 32 que “sem distinção de sexo, a todo trabalho de igual valor correspondente salário igual; veda-se o trabalho feminino das 22 horas às 5 da manhã; é proibido o trabalho da mulher grávida durante o período de quatro semanas antes do parto e quatro semanas depois; é proibido despedir mulher grávida pelo simples fato da gravidez”.
Mesmo com essa conquista, algumas formas de exploração perduraram durante muito tempo. Jornadas entre 14 e 18 horas e diferenças salariais acentuadas eram comuns. A justificativa desse ato estava centrada no fato de o homem trabalhar e sustentar a mulher. Desse
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modo, não havia necessidade de a mulher ganhar um salário equivalente ou superior ao do homem.
3. A PARTICIPAÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO
Pesquisas recentes comprovam um fenômeno que não obedece fronteiras. Cresce exponencialmente o número de mulheres em postos diretivos nas empresas. Curiosamente, essa ascensão se dá em vários países, de maneira semelhante, como se houvesse um silencioso e pacífico levante de senhoras e senhoritas no sentido da inclusão qualificada no mundo do trabalho. Segundo alguns analistas, esse processo tem origem na falência dos modelos masculinos de processo civilizatório. Talvez seja verdade. Os homens, tidos como superiores, promovem guerras, realizam atentados, provocam tumultos nos estádios, destroem o meio ambiente e experimentam a aflição inconfessa de viver num mundo em que a fibra ótica substituiu o cipó. Quando já não se necessita tanto de vigor físico para a caça, vale mais o conhecimento que permite salgar ou defumar a carne, de modo a preservá-la por mais tempo. Enfim, caso Tarzan não se recicle, os filmes do futuro serão estrelados somente por Jane.
No Brasil, as mulheres são 41% da força de trabalho, mas ocupam somente 24% dos cargos de gerência. O balanço anual da Gazeta Mercantil revela que a parcela de mulheres nos cargos executivos das 300 maiores empresas brasileiras subiu de 8%, em 1990, para 13%, em 2000. No geral, entretanto, as mulheres brasileiras recebem, em média, o correspondente a 71% do salário dos homens. Essa diferença é mais patente nas funções menos qualificadas. No topo, elas quase alcançam os homens. Os estudos mostram que no universo do trabalho as mulheres são ainda preferidas para as funções de rotina. De cada dez pessoas afetadas pelas lesões por esforço repetitivo (LER), oito são mulheres.
Segundo uma pesquisa recente feita pelo Grupo Catho, empresa de recrutamento e seleção de executivos, as mulheres conquistam cargos de direção mais cedo. Tornam-se diretoras, em média, aos 36 anos de idade. Os homens chegam lá depois dos 40. No entanto, essas executivas ganham, em média, 22,8% menos que seus competidores de colarinho e gravata. A boa notícia é que essa diferença nos rendimentos vem caindo rapidamente. Por estar a menos tempo no mercado, é natural que elas tenham currículos menos robustos que os dos homens. A diferença nos ganhos tende a inexistir em futuro próximo.
Em 1991, a renda média das brasileiras correspondia a 63% do rendimento masculino. Em 2000, chegou a 71%. As conquistas comprovam dedicação, mas também necessidade. Em 1991, 18% das famílias eram chefiadas por mulheres. Segundo o Censo, essa parcela subiu para 25%. Das 10,1 milhões de vagas de trabalho abertas entre 1989 e 1999, quase 7 milhões acabaram preenchidas por mulheres. As pesquisas revelam que quase 30% delas apresentam em seus currículos mais de dez anos de escolaridade, contra 20% dos profissionais masculinos.
Segundo o Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), houve crescimento da taxa de atividade para as mulheres em todas as faixas etárias. A pesquisa revela ainda que no ano passado não ocorreu mudança no perfil etário da População Economicamente Ativa ( PEA) feminina.
Em 2001, 30% da PEA feminina correspondiam às mulheres com 40 anos ou mais; 40% àquelas entre 25 e 39 anos; 23% às jovens de 18 a 24 anos; 5% as de 15 a 17 anos; e apenas 1% às que tinham entre 10 e 14 anos.
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As estatísticas apontam que há mais mulheres que homens no Brasil. Mostram também que elas vem conseguindo emprego com mais facilidade que seus concorrentes do sexo masculino. E que seus rendimentos crescem a um ritmo mais acelerado que o dos homens.
As mulheres sofrem mais do que os homens com o estresse de uma carreira, pois as pressões do trabalho fora de casa se duplicaram. As mulheres dedicam-se tanto ao trabalho quanto o homem e, quando voltam para casa, instintivamente dedicam-se com a mesma intensidade ao trabalho doméstico. Embora alguns homens ajudem em casa, não chegam nem perto da energia que a mulher tende a dar.
Recordo-me de uma palestra de Tom Peters, proferida em 2000. Perguntaram-lhe: “Se o senhor tivesse uma grande empresa e fosse se Aposentar, o que faria?” Sem titubear, ele respondeu que contrataria para o mais alto cargo executivo uma mulher dinâmica e inteligente, recrutada em uma boa escola. Em seguida, selecionaria 100 jovens talentosos, já familiarizados com os instrumentos e ambientes da era digital, e os colocaria sob as ordens dessa líder. Segundo ele, essa seria a fórmula ideal para garantir a longevidade da empresa, com elevados padrões de qualidade e competitividade. Exageros à parte, concordo que a proposta de Peters aponta para modelos corretos de reivindicação das organizações. As mulheres, sem dúvida, têm se adaptado mais rapidamente a essa realidade competitiva dos novos tempos (JULIO, 2002, p. 135).
4. INSTRUÇÃO MUDANDO CONCEPÇÕES
Pesquisas mostram que no Brasil as mulheres são escolhidas para a maior parte das novas vagas. Coincidentemente, elas têm se preocupado mais do que os homens com a instrução. A Fundação Seade mostra que, em 1994, 35% das mulheres contavam com o ensino médio completo. Ao final da década, esse número chegou a 43%.
Na empresa do conhecimento, a mulher terá cada vez mais importância estratégica, pois trabalha naturalmente com a diversidade e processos multifuncionais. A
sensibilidade feminina, por exemplo, permite a constituição de equipes de trabalho marcadas pela diferença e pela heterogeneidade. E isso é bom? Certamente que sim. Equipes desse tipo, quando atuam de forma sinérgica, fazem emergir soluções variadas e criativas para problemas aparentemente insolúveis. A empresa que aposta na singularidade de seus interlocutores internos se torna mais inteligente, mais capaz e mais ágil.
A vida profissional compartilhada com as mulheres tem se revelado mais ativa, mais colorida e mais interessante. Esse intercâmbio de conhecimentos e sensibilidades tem se mostrado proveitoso para ambas as partes. Troca-se razão por criatividade, matemática por poesia, disciplina por afetividade. E vice-versa. Reafirmo a necessidade de aprendizado permanente e as mulheres são boas professoras por natureza. Enfim, diria que não importa o sexo ou a opção sexual. Quem aspira a uma carreira de sucesso tem que assumir, de agora em diante, um perfil mais feminino. E este conselho vale também para as mulheres que ainda não descobriram suas próprias virtudes (JULIO, 2002, p. 136).
Nos dias atuais, há belos exemplos da competência feminina em postos de direção nas grandes empresas. É o caso de Marluce Dias, na Rede Globo, e de Maria Sílvia Bastos Marques, na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Gostaria de citar ainda o caso de Chieko Aoki, do Grupo Blue Tree Hotels, que iniciou a carreira como secretária bilíngüe na Ford e que depois atuou na construtora Guarantã. Com muito esforço e dedicação, ela criou sua própria empresa de administração hoteleira.
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A vida da mulher no trabalho é um paraíso? Ainda não. As pesquisas demonstram a persistência de algum preconceito, que dificulta o progresso na carreira e mantém os holerites femininos mais magros que os masculinos. Diretoras pesquisadas pelo Grupo Catho, por exemplo, recebem 22,8% menos que seus colegas. De maneira geral, no Brasil, as mulheres ganham o equivalente a 61% do salário dos homens. O problema afeta especialmente as profissões de salário mais baixo. Quando sobem na carreira e adquire maior qualificação, as mulheres têm seu talento mais bem remunerado. Assim, no topo elas quase se igualam aos homens. O mais interessante é que nesse processo de conquista as mulheres que mais avançam são justamente aquelas que não fazem da condição feminina seu cavalo de Tróia. O feminismo não as levou além das manchetes de jornais e noticiários de televisão. Nenhuma mulher se tornou astronauta, juíza da Suprema Corte, presidente de uma corporação apenas por não ser homem. Ou seja, não subiram por necessidade das corporações de diversificar seu quadro. Subiram por seus méritos medidos pelos padrões que valem tanto para homens quanto para mulheres. Poderiam ter subido em maior número? Ou seja, já que são mais da metade da população, deveriam ser também mais da metade dos líderes empresariais, dos deputados e senadores? Mais da metade dos médicos e engenheiros? A resposta a essa pergunta vem de um estudo estatístico feito pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, segundo o qual isso é uma questão a que só o tempo responderá. É inútil fazer projeções. Se as mulheres passarem a ser maioria em todos os degraus de entrada das profissões em questão, não haverá discriminação nem preconceito que as impeçam de chegar em igualdade de condições ao topo da pirâmide das empresas e das instituições. A beleza do estudo de Harvard está em que, se a condição feminina, ao contrário do que se imagina, não atrasou a chegada das mulheres ao mercado de trabalho, essa mesma condição também não é motor de seu progresso.
5. O TRABALHO DA MULHER NO BRASIL
Pouco a pouco as mulheres vão ampliando seu espaço na economia nacional. O fenômeno ainda é lento, mas constante e progressivo. Em 1973, apenas 30,9% da População Economicamente Ativa (PEA) do Brasil era do sexo. Segundo os dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD), em 1999, elas já representavam 41,4% do total da força de trabalho. Um exército de aproximadamente 33 milhões. Em Santa Catarina, elas ocupavam 36,7% das vagas existentes em 1997. Quatro anos depois, em 2000, mais 62 mil mulheres ingressaram pela primeira vez no mercado, aumentando a participação em 1,1 ponto percentual.
Analisando este fenômeno, temos que levar em conta um universo muito maior, pois há uma mudança de valores sociais nesse caso. A mulher deixou de ser apenas uma parte da família para se tornar o comandante dela em algumas situações. Por isso, esse ingresso no mercado é uma vitória. O processo é lento, mas sólido. Outra peculiaridade que acompanha a mulher é a sua “terceira jornada”. Normalmente, além de cumprir suas tarefas na empresa, ela precisa cuidar dos afazeres domésticos. Isso acontece em quase 90% dos casos. Em uma década, o número de mulheres responsáveis pelos domicílios brasileiros aumentou de 18,1% para 24,9%, segundo os dados da pesquisa “Perfil das Mulheres Responsáveis pelos Domicílios no Brasil”, desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As catarinenses conquistaram mais vagas no setor de serviços, onde representam 46,9% do total de empregados. Numa pesquisa de amostragem, o grupo mostra que 31,6% dos cargos de encarregado são ocupados por mulheres.
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Para as mulheres a década de 90 foi marcada pelo fortalecimento de sua participação no mercado de trabalho e o aumento da responsabilidade no comando das famílias. A mulher, que representa a maior parcela da população, viu aumentar seu poder aquisitivo, o nível de escolaridade e conseguiu reduzir a defasagem salarial que ainda existe em relação aos homens. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dois estudos com o balanço dos ganhos e as dificuldades enfrentadas pelas brasileiras ao longo dos anos 90. A renda média das trabalhadoras passou de R$ 281,00 para R$ 410,00. As famílias comandadas por mulheres passaram de 18% do total para 25%. A média de escolaridade dessas “chefes de família” aumentou em um ano de 4,4 para 5,6 anos de estudos. A média salarial passou de R$ 365 para R$ 591 em 2000. Uma dificuldade a ser vencida é a taxa de analfabetismo, que ainda está 20%. Outra característica da década foi consolidar a tendência de queda da taxa de fecundidade iniciada em meados da década de 60. As mulheres têm hoje 2,3 filhos. Há 40 anos, eram 6,3 filhos.
A história da mulher no mercado de trabalho, no Brasil, está sendo escrita com base, fundamentalmente, em dois quesitos: a queda da taxa de fecundidade e o aumento no nível de instrução da população feminina. Estes fatores vêm acompanhando, passo a passo, a crescente inserção da mulher no mercado e a elevação de sua renda. A analista do Departamento de Rendimento do IBGE Vandeli Guerra defende que a velocidade com que isto se dá não é o mais relevante. O que estamos constatando é uma quebra de tabus em segmentos que não empregavam mulheres. Nas Forças Armadas, por exemplo, elas estão ingressando pelo oficialato. Para consolidar sua posição no mercado, a mulher tem cada vez mais adiado projetos pessoais, como a maternidade. A redução no número de filhos é um dos fatores que tem contribuído para facilitar a presença da mão-de-obra feminina, embora não isto seja visto pelo técnicos do IBGE como uma das causas da maior participação da mulher no mercado.
A redução da fecundidade ocorreu com mais intensidade nas décadas de 70 e 80. Os anos 90 já começaram com uma taxa baixa de fecundidade: 2,6% que cai para 2,3% no fim da década.
Com menos filhos, as mulheres puderam conciliar melhor o papel de mãe e trabalhadora.
6. LUTAS E CONQUISTAS
Você entra numa empresa e percebe, a grosso modo, que 80% das pessoas que nela trabalham são mulheres. A Segunda constatação, porém, é mais surpreendente: apenas 10% destas mulheres ocupam cargos de chefia. Se esta é a regra geral, não se pode afirmar exatamente. No entanto, de acordo com o estudo realizado pelo Hudson Institute, dos Estados Unidos, o “Workforce 2000: Work and Workers for th 21st. Centuty” ( Força de Trabalho 2000: Trabalho e Trabalhadores para Século XXI), este quadro vai mudar. Ou melhor, já está mudando, e esta é uma tendência global.As mulheres, dizem os especialistas, serão as líderes deste milênio.
A expectativa é de que neste século, pela primeira vez na história, as mulheres superem em número os homens nos postos de trabalho. Se souberem aproveitar isso, capitalizando oportunidades emergentes, o impacto no mercado de trabalho será, de fato, singular. Significa o rompimento de uma forte estrutura, as hierarquias empresariais moldadas pelos homens a partir da Era Industrial. A mulher da atualidade nem de longe tem o mesmo perfil daquelas que encontravam realização trabalhando nas linhas de produção.
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A diferença comportamental entre meninos e meninas é evidente desde os primeiros anos. Pode-se dizer que esta característica é bastante clara durante toda a vida. Mas, qual é, de fato, a atual realidade no mundo empresarial? Atualmente, os líderes ainda são os homens. São eles que mandam e detêm a vantagem no jogo. A própria estrutura social deu margem a esta tal divisão de trabalho. A regra é clara: homens são os que mandam e mulheres, as subordinadas.
Em contrapartida, o século 20 mostrou a chamada inversão de papéis, Ou seja, as mulheres conquistando maior destaque no competitivo mundo dos negócios e os homens, por sua vez, assumindo a manutenção do lar e o cuidado com as crianças. Mas se as mulheres desejarem sair vencedoras nesta empreitada, terão de dominar as regras que eles criaram.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Hoje o perfil das mulheres é muito diferente daquele do começo do século. Além de trabalhar e ocupar cargos de responsabilidade assim como os homens, ela aglutina as tarefas tradicionais: ser mãe, esposa e dona de casa.
Trabalhar fora de casa é uma conquista relativamente recente das mulheres. Ganhar seu próprio dinheiro, ser independente e ainda ter sua competência reconhecida é motivo de orgulho para todas.
Apesar da evolução da mulher dentro de uma atividade que era antes exclusivamente masculina, e apesar de ter adquirido mais instrução, os salários não acompanharam este crescimento. As mulheres ganham cerca de 30% a menos que os homens exercendo a mesma função. Conforme o salário cresce, cai a participação feminina. Entre aqueles que recebem mais de vinte salários, apenas 19,3% são mulheres. Embora exista uma certa discriminação em relação ao trabalho feminino, elas estão conseguindo um espaço muito grande em áreas que antes era reduto masculino, e ganhou o respeito mostrando um profissionalismo muito grande. Apesar de ser de forma ainda pequena, está sendo cada vez maior o número de mulheres que ganham mais que o marido.
O grande desafio para as mulheres dessa geração, é tentar reverter o quadro da desigualdade salarial entre homens e mulheres.
Pelo menos, elas já provaram que além de ótimas cozinheiras, podem também ser boas motoristas, mecânicas, engenheiras, advogadas e sem ficar atrás de nenhum homem. Já está mais do que provado que as mulheres são perfeitamente capazes de cuidar de si, de conquistar aquilo que desejam e de provocar mudanças profundas no curso da história.

Gilberto Alves

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Riquezas que vem da Natureza

Diretor Barbassa explica em entrevista lucro recorde da Petrobras no 1º trimestre de 2011

Assista à entrevista do diretor Almir Barbassa sobre lucro de R$ 10 bilhões 985 milhões, 42% acima do lucro do mesmo período de 2010

O lucro líquido da Petrobras no primeiro trimestre de 2011 foi de R$ 10 bilhões 985 milhões e ficou 42% acima do resultado obtido no mesmo período de 2010 e 4% acima do resultado do quarto trimestre de 2010. Contribuiu para o resultado, o aumento do lucro bruto (variação positiva de R$ 894 milhões) que foi impulsionado por: crescimento de 4% na produção nacional de óleo e gás natural, de 6% na venda de derivados e de 13% na venda de gás natural no mercado nacional, comercializados a preços mais elevados em função do aumento de 4% do preço médio de realização.
Em entrevista coletiva concedida na manhã desta segunda-feira (16/05) na sede da companhia, o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras, Almir Barbassa (foto abaixo), apresentou os resultados da companhia no primeiro trimestre de 2011

A produção total de petróleo e gás subiu 3% em relação aos três primeiros meses de 2010, alcançando a média de 2 milhões e 627 mil barris/dia. No Brasil, a produção total de óleo e gás foi 4% superior no comparativo 1º trimestre 2010 vs 1º trimestre 2011, alcançando  o volume de 2 milhões 385 mil boed. A produção de gás aumentou 8% no período, devido principalmente à entrada em operação de novos projetos previstos no Plano de Antecipação da Produção de Gás (Plangás).
Além disso, para ampliar a produção e entrega do gás natural, a Petrobras iniciou as operações do gasoduto entre o Piloto de Lula e a plataforma de Mexilhão (200 km de dutos submarinos em águas ultraprofundas) e do gasoduto entre Caraguatatuba e Taubaté (Gastau).
A produção de petróleo nacional atingiu o volume médio diário no primeiro trimestre de 2 milhões 44 mil barris/dia, valor 3% superior ao do 1T10, sustentado pela elevação dos volumes produzidos em plataformas existentes e, principalmente, pelo aumento de produção do Piloto de Lula e dos testes de longa duração (TLD) de Tiro, Sidon e Guará. Com excelentes perspectivas no desenvolvimento da produção na área do pré-sal, a Petrobras iniciou novos TLDs no reservatório de Tracajá, no campo de Marlim Leste, na área de Brava, no campo de Marlim, e na área nordeste do Campo de Lula.
Os investimentos no primeiro trimestre de 2011 totalizaram R$ 15 bilhões 871 milhões, 83% dos quais destinados às atividades de Exploração, Produção e Refino.

Gilberto Alves

terça-feira, 17 de maio de 2011

recursos naturais

 Consumo de recursos naturais pode triplicar até 2050, diz ONU

O consumo mundial de recursos naturais,como minerios e combustiveis fósseis pode tripricar até 2050
ecaulsar um catastrofico impacto  sobre o ambiente, alerta um relatóri divulgado pela onu, que pede aos paises que ajam com rapidez para evita-lo.

Orlando

tecnologia

Continuamos a ser medievais, somente com mais tecnologia... só isso!


 orlando ernesto

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Urbanização

Urbanização é um processo de afastamento das características rurais de uma localidade ou região, para características urbanas. Usualmente, esse fenômeno está associado ao desenvolvimento da civilização e da tecnologia. Demograficamente, o termo denota a redistribuição das populações das zonas rurais para assentamentos urbanos. O termo também pode designar a ação de dotar uma área com infra-estrutura e equipamentos urbanos, o que é similar a significação dada à urbanização pelo Dicionário Aurélio - Século XXI: "conjunto dos trabalhos necessários para dotar uma área de infra-estrutura (por exemplo, água, esgoto, gás, eletricidade) e/ou de serviços urbanos (por exemplo, de transporte, de educação, de saúde)". Ainda pode ser entendido somente como o crescimento de uma cidade. São Paulo, por exemplo, é uma cidade urbanizada. Por incrível que pareça os detentores do título de maiores aglomerações mundiais pertencem aos países emergentes. Tudo isso apenas reforça a ideia de que quanto mais um país demora para se industrializar, mais rápida é sua urbanização.
A urbanização é estudada por ciências diversas, como a sociologia, a geografia e a antropologia, cada uma delas propondo abordagens diferentes sobre o problema do crescimento das cidades. As disciplinas que procuram entender, regular, desenhar e planejar os processos de urbanização são o urbanismo, o planejamento urbano, o planejamento da paisagem, o desenho urbano, a geografia, entre outras.

A história da urbanização

Embora já existissem grandes cidades na Antiguidade (Roma, em 100 d.C., possuía 650.000 habitantes), a humanidade só presenciou seu extraordinário crescimento no momento da Revolução Industrial. O baixo nível técnico da agricultura demandava grande quantidade de recursos humanos para realizar maiores receitas, o que impediu o emprego dessa mão-de-obra na indústria (essencialmente na indústria de base). Graças aos progressos dos transportes, as cidades tornaram-se menos dependentes das suas proximidades, uma vez que o alimento para o crescente número de habitantes da cidade poderia ser transportado de distâncias maiores. Ao mesmo tempo, isso exigiu cada vez mais trabalhadores nas fábricas. A urbanização era, simultaneamente, tanto o resultado como a causa da Revolução Industrial. Um exemplo é a população de Londres: esta passou de 45 mil a 865 mil habitantes entre o século XV e início do século XIX. Ao mesmo tempo, cresceu a parcela da população urbana no total da população mundial: no início do século XIX, 20,3 milhões de pessoas viviam em cidades (3% da população total mundial); em 1900, esse número já era 224,4 milhões de pessoas (13,6%); em 1950, 729 milhões de pessoas (28.8%); em 1980, já havia 1,82 bilhões (português brasileiro) ou 1,82 mil milhões (português europeu) de pessoas vivendo em cidades (41,1%).

Gilberto Alves

sábado, 14 de maio de 2011

Protocolo de Quioto

O Protocolo de Quioto é consequência de uma série de eventos iniciada com a Toronto Conference on the Changing Atmosphere, no Canadá (outubro de 1988), seguida pelo IPCC's First Assessment Report em Sundsvall, Suécia (agosto de 1990) e que culminou com a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (CQNUMC, ou UNFCCC em inglês) na ECO-92 no Rio de Janeiro, Brasil (junho de 1922). Também reforça seções da CQNUMC.
Constitui-se no protocolo de um tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que agravam o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações científicas, como causa antropogênicas do aquecimento global.


ORLANDO

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Defensivo Agricola

Senador ficou feliz - 13/05/2011 às 05h10minh
Aprovado Projeto do ex-senador Heráclito sobre defensivo agrícola
Um dos benefícios da adoção do agrotóxico genérico é o incentivo à concorrência.
A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado aprovou, nesta quinta-feira (12), proposta que regulamenta produção de agrotóxicos genéricos, de autoria do ex-senador Heráclito Fortes (DEM). O relator do Projeto foi o senador Waldemir Moka (PMDB-MS), que defende que a oferta desses produtos reduzirá os custos de produção e fortalecerá a competitividade da agricultura brasileira. Agora, a matéria segue para a Câmara, caso não haja recurso para votação em Plenário.
O projeto (PLS 190/2010) inclui na Lei dos Agrotóxicos (Lei 7.802/89) o conceito de agrotóxico genérico e estabelece regras para o registro dos produtos, bem como regras específicas para receituário agronômico. Ao manifestar seu voto favorável, Casildo Maldaner (PMDB-SC) observou que produtos genéricos na agricultura já são usados em diversos países e Ivo Cassol (PP-RO) frisou que a ampliação de oferta de insumos agrícolas combate a formação de cartéis, prática que penaliza o agronegócio brasileiro.
Para o ex- senador Heráclito Fortes, um dos benefícios da adoção do agrotóxico genérico é o incentivo à concorrência entre os fabricantes, resultando na redução dos preços desses produtos, o que trará maior competitividade para a agropecuária brasileira, “além de benefícios para toda a população, pois a diminuição dos custos poderá ser repassada para o preço dos alimentos”, frisa. Outro efeito importante da medida, segundo Heráclio será o incentivo à indústria nacional de defensivos agrícolas, já que a sua implementação propiciará às empresas nacionais melhores condições para competir com as grandes multinacionais do setor.
A idéia de criação do agrotóxico genérico surgiu no ano passado, em junho, a partir de conversa do então senador Heráclito com produtores gaúchos durante a Feira Agros show de Bom Jesus, na região Sul do Piauí.   
Gilberto Alves